segunda-feira, 30 de maio de 2011

Mensagem: O Divórcio!

Naquela noite, enquanto minha esposa servia o jantar, eu segurei sua mão e disse: “Tenho algo importante para te dizer”. Ela se sentou e jantou sem dizer uma palavra. Pude ver sofrimento em seus olhos.

De repente, eu também fiquei sem palavras. No entanto, eu tinha que dizer a ela o que estava pensando. Eu queria o divórcio. E abordei o assunto calmamente.

Ela não parecia irritada pelas minhas palavras e simplesmente perguntou em voz baixa: “Por quê?”

Eu evitei respondê-la, o que a deixou muito brava. Ela jogou os talheres longe e gritou “você não é homem!” Naquela noite, nós não conversamos mais. Pude ouvi-la chorando. Eu sabia que ela queria um motivo para o fim do nosso casamento. Mas eu não tinha uma resposta satisfatória para esta pergunta. O meu coração não pertencia a ela mais e sim a outra mulher. Eu simplesmente não a amava mais, sentia pena dela.

Sentindo-me muito culpado, rascunhei um acordo de divórcio, deixando para ela a casa, nosso carro e 30% das ações da minha empresa.

Ela tomou o papel da minha mão e o rasgou violentamente. A mulher com quem vivi pelos últimos 10 anos se tornou uma estranha para mim. Eu fiquei com dó deste desperdício de tempo e energia, mas eu não voltaria atrás do que disse, pois amava a outra mulher profundamente. Finalmente ela começou a chorar alto na minha frente, o que já era esperado. Eu me senti libertado enquanto ela chorava. A minha obsessão por divórcio nas últimas semanas finalmente se materializava e o fim estava mais perto agora.

No dia seguinte, eu cheguei em casa tarde e a encontrei sentada na mesa escrevendo. Eu não jantei, fui direto para a cama e dormi imediatamente, pois estava cansado depois de ter passado o dia com a outra mulher.

Quando acordei no meio da noite, ela ainda estava sentada à mesa, escrevendo. Eu a ignorei e voltei a dormir.

Na manhã seguinte, ela me apresentou suas condições: ela não queria nada meu, mas pedia um mês de prazo para conceder o divórcio. Ela pediu que durante os próximos 30 dias a gente tentasse viver juntos de forma mais natural possível. As suas razões eram simples: o nosso filho faria seus exames no próximo mês e precisava de um ambiente propício para preparar-se bem, sem os problemas de ter que lidar com o rompimento de seus pais.

Isso me pareceu razoável, mas ela acrescentou algo mais. Ela me lembrou do momento em que eu a carreguei para dentro da nossa casa no dia em que nos casamos e me pediu que durante os próximos 30 dias eu a carregasse para fora da casa todas as manhãs. Eu então percebi que ela estava completamente louca, mas aceitei sua proposta para não tornar meus próximos dias ainda mais intoleráveis.

Eu contei para a outra mulher sobre o pedido da minha esposa e ela riu muito e achou a idéia totalmente absurda. “Ela pensa que impondo condições assim vai mudar alguma coisa; melhor ela encarar a situação e aceitar o divórcio”, disse a outra mulher em tom de gozação.

Minha esposa e eu não tínhamos nenhum contato físico havia muito tempo, então quando eu a carreguei para fora da casa no primeiro dia foi totalmente estranho. Nosso filho nos aplaudiu dizendo “O papai está carregando a mamãe no colo!” Suas palavras me causaram constrangimento. Do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa, eu devo ter caminhado uns 10 metros carregando minha esposa no colo. Ela fechou os olhos e disse baixinho “Não conte para o nosso filho sobre o divórcio” Eu balancei a cabeça mesmo discordando e então a coloquei no chão assim que atravessamos a porta de entrada da casa. Ela foi pegar o ônibus para o trabalho e eu dirigi para o escritório.

No segundo dia, foi mais fácil para nós dois. Ela se apoiou no meu peito, eu senti o cheiro do perfume que ela usava. Eu então percebi que há muito tempo não prestava atenção a essa mulher. Ela certamente tinha envelhecido nestes últimos 10 anos, havia rugas no seu rosto, seu cabelo estava ficando fino e grisalho. O nosso casamento teve muito impacto nela. Por uns segundos, cheguei a pensar no que havia feito para ela estar neste estado.

No quarto dia, quando eu a levantei, senti uma certa intimidade maior com o corpo dela. Esta mulher havia dedicado 10 anos da vida dela a mim.



No quinto dia, a mesma coisa. Eu não disse nada à outra mulher, mas ficava a cada dia mais fácil carregá-la do nosso quarto à porta da casa. Talvez meus músculos estejam mais firmes com o exercício, pensei.

Certa manhã, ela estava tentando escolher um vestido. Ela experimentou uma série deles, mas não conseguia achar um que servisse. Com um suspiro, ela disse: “Todos os meus vestidos estão grandes para mim”. Eu então percebi que ela realmente havia emagrecido bastante, daí a facilidade em carregá-la nos últimos dias.

A realidade caiu sobre mim com uma ponta de remorso… Ela carrega tanta dor e tristeza em seu coração… Instintivamente, eu estiquei o braço e toquei seus cabelos.

Nosso filho entrou no quarto neste momento e disse “Pai, está na hora de você carregar a mamãe”. Para ele, ver seu pai carregando sua mão todas as manhãs tornou-se parte da rotina da casa. Minha esposa abraçou nosso filho e o segurou em seus braços por alguns longos segundos. Eu tive que sair de perto, temendo mudar de idéia agora que estava tão perto do meu objetivo. Em seguida, eu a carreguei em meus braços, do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa. Sua mão repousava em meu pescoço. Eu a segurei firme contra o meu corpo. Lembrei-me do dia do nosso casamento.

Mas o seu corpo tão magro me deixou triste. No último dia, quando eu a segurei em meus braços, por algum motivo não conseguia mover minhas pernas. Nosso filho já tinha ido para a escola e eu me vi pronunciando estas palavras: “Eu não percebi o quanto perdemos a nossa intimidade com o tempo”.

Eu não consegui dirigir para o trabalho… Fui até o meu novo futuro endereço, saí do carro apressadamente, com medo de mudar de idéia… Subi as escadas e bati na porta do quarto. Quando ela abriu a porta e eu lhe disse: “Desculpe, eu não quero mais me divorciar”.

Ela olhou para mim sem acreditar e tocou na minha testa “Você está com febre?” Eu tirei sua mão da minha testa e repeti: “Desculpe, eu não vou me divorciar. Meu casamento ficou chato porque nós não soubemos valorizar os pequenos detalhes da nossa vida e não por falta de amor. Agora eu percebi que desde o dia em que carreguei minha esposa no dia do nosso casamento para nossa casa, eu devo segurá-la até que a morte nos separe.

Ela então percebeu que era sério. Me deu um tapa no rosto, bateu a porta na minha cara e pude ouvi-la chorando compulsivamente. Eu voltei para o carro e fui trabalhar.

Na loja de flores, no caminho de volta para casa, eu comprei um buquê de rosas para minha esposa. A atendente me perguntou o que eu gostaria de escrever no cartão. Eu sorri e escrevi: “Eu te carregarei em meus braços todas as manhãs até que a morte nos separe”.

Naquela noite, quando cheguei em casa, com um buquê de flores na mão e um grande sorriso no rosto, fui direto para o nosso quarto onde encontrei minha esposa deitada na cama – morta.

Minha esposa estava com câncer e vinha se tratando há vários meses, mas eu estava muito ocupado com a outra mulher para perceber que havia algo errado com ela. Ela sabia que morreria em breve e quis poupar nosso filho dos efeitos de um divórcio – e prolongou a nossa vida juntos proporcionando ao nosso filho a imagem de nós dois juntos toda manhã. Pelo menos aos olhos do meu filho, eu sou um marido carinhoso.

Os pequenos detalhes de nossa vida são o que realmente contam num relacionamento. Não é a mansão, o carro, as propriedades, o dinheiro no banco. Estes bens criam um ambiente propício a felicidade mas não proporcionam mais do que conforto. Portanto, encontre tempo para ser amigo de sua esposa, faça pequenas coisas um para o outro para mantê-los próximos e íntimos. Tenham um casamento real e feliz!

Autor : Desconhecido

6 comentários:

  1. Ei flor!
    A um tempo atrás li essa mensagem e fiquei lembrando do meu casamento. É muito triste! Fiz tudo pra ter um ótimo casamento, mas as coisas não sairam como eu queria.
    Aprendi que devemos conquistar a pessoa amada todos os dias pra que não ocorra como no texto.
    Espero que você não esteja passando por algo parecido, gosto muito de vocês.

    Quando puder me adiciona no outro blog, pois o da jequiti está em manutenção.
    http://kiteriaeseudiario.blogspot.com

    Gostei muito da nova apresentação do blog!

    Abraço! Erika Rossoni

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  2. Oi Erika, aconteceram algumas coisas em minha vida essa semana que me fizeram pensar em toda a minha vida, inclusive minha vida conjugal. Eu como você já havia lido esse texto a um tempo atrás, mas hoje vejo uma interpretação diferente. Quando lemos esse texto vemos apenas nossa vida conjugal, mas agora vejo minha vida em todos so sentidos, como filha, como mãe, como esposa e como mulher. Cresci em uma família onde as decisões de nossa vida eram tomadas pelos meus pais. Um exemplo: eu nunca trabalhei fora, porque meu pai não admitia, não podia ter amigos homens. Então aprendi, mesmo que inconsciente que eu não poderia expressar a minha opinião, os meus sonhos, a minha vontade. Cresci com essa dificuldade. Quando casei, ainda muito nova, pois eu tinha apenas 19 anos, achei que isso mudaria, que eu poderia ser eu mesma. Me enganei. Meu marido me privou de trabalhar fora, porque achava que se eu o fizesse, as pessoas me mudariam, não me deixou estudar, eu não poderia estudar sozinha, só se ele podesse estudar junto, como na época ele ganhava pouco isso não pode ser possível, me fez afastar do meus amigos e amigas, pois morria de ciúmes. Como esse foi o jeito que fui criada, continuei deixando que tomassem as decisões por mim. Era muito imatura, não sabia como impor a minha vontade. A única vez que tentei impor a minha vontade, foi quando eu tomei a decisão de fazer vestibular, fiz vestibular para engenharia Química, passei. Mas como ele já fazia faculdade, não podia pagar a minha também e ele também não quis trancar a faculdade dele pra deixar eu viver um pouco do meu sonho. Foi então que fui a luta, procurei trabalho em tudo que foi lugar, mas minha situação não era nada favorável, sem carteira assinada, aliás nem carteira eu tinha, tive que fazer, mãe de família, porque alguns lugares até queriam me dar a chance de trabalhar, mas quando perguntavam se eu tinha filho e ouviam a resposta afirmativa, eu era descartada. Então mais uma vez, peguei os meus sonhos e enviei dentro da gaveta. Só que essa semana resolvi tira-los da lá. Pensei que seu morrer hoje é esse exemplo e ensinamento que eu vou dar pro Kauã. Não quero nunca que meu filho tenha a vida que eu tive, de não poder ser eu mesma. Toda vez que eu toco nesse assunto, sempre tenho que deixar pra amanhã, porque ele tá apertado com contas, ou porque não quer que eu trabalhe na loja dele porque não tem com quem deixar o Kauã. Enquanto isso a minha vida vai passando e eu sendo esse espelho para meu filho. Eu fui ao enterro de minha tia avó Domingo e percebi que pra morrer basta estar vivo. Pensei muito na morte desde então, não tenho medo de morrer, mas tenho medo de morrer dando esse exemplo de vida pra meu filho. Nem libertade de falar o que penso eu tenho, toda vez que tento falar algo, a interpretação é sempre a mesma. Mas como nunca é tarde pra mudar, deu o primeiro passo e muitos vão vir. Conversando com um amigo meu ontem pelo msn, ele esta morando nos Estados Unidos, ele me disse que sendo inteligente como eu sou eu me daria muito bem lá, confesso que isso até passou pela minha cabeça, pois ele era o menos estudioso da turma e esta bem de vida, imagina eu que gosto e tenho prazer em estudar. Mas esse plano vou ter que adiar um pouquinho, pois não poso ir com o Kauã, quem sabe daqui a uns anos eu possa dar estensão dos meus sonhos lá. Porque queiram ou não, os meus sonhos eu já tirei da gaveta e não guardo mais. Então é isso, essa mensagem me dá o insentivo de realizar os meus sonhos enquanto estou vida, hoje, agora.

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  3. É assim que se fala, mulher! Estou orgulhosa da sua atitude. Eu sempre fui atrás dos meus sonhos mesmo quando tinha alguma coisa atrapalhando eu esperava pra tentar de novo.
    Você é nova, inteligente, talentosa e USUFRUA dos seus sonhos, agarreios. Torço por você!
    Erika Rossoni

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  4. Esta mensagem me fez chorar e refletir bastante,adorei conhecer seu blog e estou te seguindo para ficar sempre por perto.
    Bjs
    Dani

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  5. Bonita mensagem!!
    Passando para conhecer e seguir as amigas do Blogueiras Unidas que também participo!!Bjsss
    http://rumoslibertadores.blogspot.com – 494

    http://zildasantiago.blogspot.com - 493

    http://carinhossorteiosetcetal.blogspot.com - 955

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